Fênix

Observo a poeira em suspensão
No feixe de luz que atravessa o quarto.
Assim como eu,
Mormaço.

Suor escorrendo: tátil
Feixe de luz: intangível

Observo a poeira em suspensão
No feixe de luz que atravessa o quarto.
Assumo-o, tomo as rédeas de mim
E me encaro. Escancaro a janela:
Luzes solares de março.

O cheiro de Dama da Noite invade o quarto
De Tangerina, as mãos
Dos seus cabelos, as narinas.

E a vida recomeça.

O Poema Fênix pode ser encontrado no blog Dedo de Moça, poesia e prosa ou na antologia em que foi publicado, Ponte de Versos, 8 anos – Poetas e Poemas.